O 43º Congresso do Andes chega ao seu último dia com um saldo positivo de discussões e deliberações importantes para a luta sindical. As plenárias que marcaram os dias de evento trouxeram debates intensos, com propostas concretas que seguem em direção a melhorias nas condições de trabalho e nas políticas educacionais.
Entre as principais questões discutidas, no âmbito do setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) estava o debate sobre o controle de frequência nas carreiras EBTT. Foi aprovada a proposta que defendia o fim do controle de frequência por meio do ponto eletrônico.
No Tema III, que trata do Plano Geral de Lutas do sindicato, elaborado a partir das discussões dos GTs, destacou-se a discussão das políticas de memória do sindicato, em especial a criação de um museu e locais de memória, inspirado em iniciativas similares no Chile. Além disso, a questão das universidades multicampi foi abordada, inclusive com a aprovação da realização de um estudo jurídico sobre a possibilidade de implantação de adicionais de penosidade ou fronteira, como já ocorre em outras áreas, e sobre a contagem diferenciada para progressão funcional e promoção de servidores.
Outro ponto importante foi a aprovação de dois TRs. O primeiro tratou da criação de um protocolo para o acolhimento de denúncias de assédio nas universidades, medida que visa garantir ambientes mais seguros para todos e todas. O segundo, apresentado pelo Coletivo de Negros e Negras do ANDES, propôs a implementação de uma campanha antirracista permanente, com foco na aplicação efetiva da lei de cotas para docentes negros e negras, além de políticas afirmativas para garantir a equidade de percurso na carreira docente, a partir de métricas diferenciadas no cômputo das tabelas de pontuação, considerando que questões étnico-raciais impactam significativamente na possibilidade de produção acadêmica.
O evento ruma agora para o seu final, com a finalização das discussões dos TRs do Tema IV e realização da Plenária de Encerramento.



Comments