Foto: Brasil de Fato
Naomi Klein alerta para um fenômeno global que ela descreve como um "modelo de apartheid de desastre", onde os eventos climáticos extremos exacerbam as desigualdades sociais e econômicas. Ela exemplifica isso mencionando o surgimento de condomínios de luxo nos EUA projetados para resistir a furacões, que destacam uma tendência crescente de os ricos garantirem sua segurança em um mercado em expansão, enquanto a população em geral se torna mais vulnerável e "sacrificável".
Klein atribui esses eventos à crise climática, que, segundo ela, é intensificada por um modelo de desenvolvimento neoliberal. Ela sugere que o reconhecimento público desses problemas pode representar uma crise para as agendas políticas de direita, o que explicaria a proliferação de desinformação por parte desses grupos.
A jornalista, conhecida pelo livro "A doutrina do choque", discute como governos e empresas frequentemente usam crises e desastres naturais para promover políticas e negócios que seriam menos aceitáveis em tempos de normalidade. Ela cita o exemplo de Nova Orleans após o furacão Katrina como um precursor dessa estratégia.
Fonte: Brasil de Fato
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