08 de março de 2022
O Brasil atingiu, na primeira semana de março, a triste marca de 650 mil vidas perdidas para a Covid-19. São brasileiras e brasileiros que tiveram a sua trajetória interrompida, seja por falta de acesso à vacina ou a leitos nos hospitais de todo o país.
Desde que o primeiro caso foi confirmado, em fevereiro de 2020, mais de 29 milhões de pessoas foram infectadas com pelo menos uma das variantes do coronavírus, de acordo consórcio de veículos de imprensa. Porém, dados apresentados pelo Boletim do Observatório Covid-19, produzido pela FioCruz, apontam que cada região do país enfrenta a pandemia de forma diferente.
O relatório divulgado no final de fevereiro mostra que, apesar do avanço na cobertura vacinal, ainda há um quadro desigual da pandemia no Brasil. Os dados alertam que nem todos os estados passaram pelas mesmas ondas de infecção e que algumas regiões, segundo a pesquisa, sobreviveram aos picos da pandemia em "super iates" enquanto outras tinham apenas “um remo”, quando se trata de recursos.
Para exemplificar, foram destacados os indicadores de óbito, cobertura vacinal e casos confirmados de quatro estados: Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo. A diferença entre cada região, segundo os pesquisadores, é clara. Com a introdução da nova variante Ômicron, os estados ao sul e sudeste, que contam com mais facilidade de acesso a serviços de saúde e urbanização, conseguiram atingir o pico da curva de transmissão mais rápido e agora veem os números de novos casos e mortos cair. Enquanto isso, o Pará, no norte do país, ainda não atingiu o pico.
Conforme o boletim da Fiocruz, esse comportamento também pode estar relacionado com a cobertura vacinal de cada região. "São Paulo e Rio Grande do Sul estiveram acima da média nacional em todo o período desde o início da vacinação, em oposição a Pará e Maranhão, que se mantiveram abaixo do nível brasileiro igualmente em todo o período", destaca o relatório.
Os especialistas destacam também que a pandemia ainda não acabou, por isso, é necessário manter as medidas de prevenção, como distanciamento sociais, uso de máscaras e uso de álcool em gel. Além disso, é preciso investir em políticas públicas para combater notícias falsas e alcançar o público não vacinado, exigindo também o passaporte de vacina em locais públicos e privados, além de investimento em campanhas de vacinação nas escolas por todo o país.
Fonte: Andes-SN, com informações da CSP-Conlutas.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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