Chuvas intensas no Rio Grande do Sul provocam alagamentos e suspensões de aulas na Unipampa

O Rio Grande do Sul voltou a ser duramente atingido por eventos climáticos extremos. Entre os dias 16 e 19 de junho, cidades como Jaguari, Cachoeira do Sul e São Borja registraram mais de 300 mm de chuva em apenas dois dias. Com o Rio Jaguari ultrapassando 13 metros, milhares de pessoas ficaram desalojadas. A Defesa Civil confirmou impactos em pelo menos 86 municípios.

Mais uma vez, a Unipampa também sofreu os efeitos dessa crise. Os campi de Santana do Livramento, Itaqui e Uruguaiana registraram prejuízos. Em Santana do Livramento, o granizo causou alagamentos, danos elétricos e a suspensão das aulas e atividades administrativas. A Reitoria mobilizou equipes de infraestrutura e assistência estudantil para vistorias e suporte emergencial.

Mesmo com a atuação institucional frente à emergência, isso não é suficiente. O que está em curso não é apenas uma tragédia natural, é o colapso de uma estrutura pública que vem sendo sucateada por sucessivos cortes orçamentários. A crise climática, agravada pela ausência de políticas públicas, escancara as fragilidades que a falta de investimento impõe à universidade.

Não se pode esperar que as universidades federais enfrentem sozinhas os impactos da crise climática com orçamentos limitados, estruturas precárias e ausência de medidas estruturantes. A resposta à emergência exige recomposição imediata do orçamento, planos de adaptação e compromisso real com a vida, a ciência e a educação.

A Sesunipampa se solidariza com as comunidades atingidas e reafirma seu compromisso com a defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. Exigimos que as autoridades responsáveis assumam uma postura efetiva, com ações concretas, planejadas e permanentes. Não aceitaremos mais precarização nem a naturalização do abandono das instituições públicas de ensino.