
Após 70 dias de expedição pela costa da Antártica, pesquisadores da UFRGS retornaram ao Brasil com dados preocupantes sobre o derretimento das geleiras, que está acelerado e pode piorar na próxima década, afetando regiões como Porto Alegre. As amostras de neve ainda estão sendo analisadas, mas é claro que as geleiras da Antártica estão contribuindo para o aumento do nível do mar, o que pode causar mais desastres como as enchentes de 2024. Além disso, os cientistas detectaram a formação de córregos de derretimento, redução da salinidade do Oceano Austral, e o "esverdeamento" das geleiras devido ao crescimento de musgos. O impacto das mudanças climáticas, como as ondas de calor e eventos extremos, pode se intensificar nos próximos anos.
A pesquisa também revelou a presença de microplásticos e fuligem na Antártica, além de rios atmosféricos que transportam poluentes da Amazônia. A expedição, realizada por 57 pesquisadores de vários países, tem o objetivo de entender como as geleiras submersas respondem às mudanças climáticas e os impactos disso para o futuro do planeta. A reitora da UFRGS, Márcia Barbosa, destacou a necessidade de reduzir as emissões de CO2, especialmente provenientes de queimadas no Brasil, como forma de mitigar os efeitos dessas mudanças.
Fonte: Sul 21
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