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Indiciamento abre oportunidade para quebrar a tradição de impunidade nas Forças Armadas, diz pesquisador




O ex-presidente Jair Bolsonaro e 36 pessoas foram indiciados por tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, destacando o papel das Forças Armadas no maior complô contra a democracia brasileira desde a redemocratização. Generais de alto escalão, como Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, estão entre os implicados.


A Polícia Federal identificou uma “organização criminosa” que tentou manter Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022. O relatório da investigação, com mais de 800 páginas, foi enviado ao STF, e a Procuradoria-Geral da República decidirá sobre os próximos passos.


O inquérito também revelou um plano de atentado contra o presidente eleito Lula, seu vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, planejado por um grupo de elite das Forças Armadas, o “kids pretos”. Quatro militares do grupo foram presos, mas Braga Netto, apontado como mentor do plano, não foi detido. O cientista político Rodrigo Lentz acredita que o nível de detalhamento do plano torna a punição dos envolvidos politicamente aceitável.


Fonte: Carta Capital



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