Em meio aos atos nacionais contra as novas tentativas de contingenciamento e cortes nas verbas da Educação por parte do governo federal, estudantes, docentes, técnicas e técnicos também se encontram mobilizados na Unipampa, em seus distintos campi.
As ações buscam denunciar e combater o mais novo retrocesso em curso, que coloca em risco as contas essenciais das universidades federais, impede o funcionamento dos restaurantes universitários em diversas instituições e ameaça o pagamento das bolsas de dezenas de milhares de estudantes e pesquisadores em todo o país.
Estudante da Unipampa em São Gabriel, Vitor Lopes da Silva relata que os discentes estão mobilizados com aulas públicas que contam com a presença de professores da instituição e com a organização de assembleias do movimento estudantil.
Nesta semana, entre os dias 12 e 14, o campus de São Gabriel leva adiante uma série de aulas públicas sobre a conjuntura nacional, o impacto do contingenciamento em vigência no país e as perspectivas para a Educação para o novo governo; da mesma forma, também estão previstas assembleias discentes e uma assembleia geral para a tarde desta terça-feira (13). No campus de Jaguarão, por sua vez, discentes se reúnem com a Reitoria da Unipampa para discutir as medidas em andamento.
O decreto 11.269/22, assinado pelo ministro Paulo Guedes, é o mais recente de uma série de medidas do governo federal com a finalidade de inviabilizar o funcionamento adequado das universidades públicas; o novo bloqueio, entretanto, pode alcançar um nível de precariedade ainda mais preocupante do que as ações anteriores, pois coloca em risco a permanência de milhares de estudantes junto às universidades. Sem os recursos destinados à assistência estudantil, não há como assegurar as condições mínimas para o funcionamento das casas de estudante, dos restaurantes universitários e das demais medidas que buscam preservar a manutenção de estudantes e bolsistas no ensino superior.
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