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Retrospectiva 2024: Greve Docente e os reflexos na Educação Superior


Hoje, iniciamos uma série de postagens com a retrospectiva de momentos importantes para as lutas da categoria docente. Em 2024, o cenário da educação superior foi fortemente marcado pela mobilização dos docentes das instituições federais, que construíram uma importante greve, mantendo-se paralisados de abril a julho, após decisão da categoria em abril. Na Unipampa, embora a categoria não tenha deflagrado a greve, optando por manter-se em estado de greve, com pauta em que se destacava a necessidade urgente de recomposição salarial, que ultrapassava perdas de 30% acumuladas ao longo de anos de governos anteriores. Além disso, a reivindicação por reestruturação de carreira e recursos financeiros para garantir a qualidade do ensino público foi uma das bandeiras principais da mobilização.


A categoria docente da universidade pautou em mais de uma assembleia as propostas apresentadas pelo governo, fruto da pressão do movimento grevista. A primeira proposta de reajuste foi considerada insuficiente: o governo manteve o reajuste de 0% para 2024, prometendo aumentos apenas para 2025 e 2026. Embora houvesse ajustes em benefícios como o auxílio-alimentação e a assistência pré-escolar, a falta de um reajuste salarial imediato e a continuidade da precarização dos recursos das universidades federais agravaram ainda mais o descontentamento da categoria.


Nos campi da Unipampa, os comitês de mobilização enfrentaram desafios para envolver docentes, técnicos e estudantes nas ações de mobilização, especialmente após o advento das graves enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. Mesmo assim, os comitês realizaram diversas atividades para conscientizar a comunidade acadêmica sobre a importância da luta pela educação pública e pelos direitos da categoria.


O movimento de greve nacional se prolongou por cerca de 85 dias, refletindo a crescente insatisfação da categoria com as propostas do governo. Após intensos dias de mobilização, com a conquista de pontos importantes no acordo firmado, assinados em 27 de junho, foram aprovadas, além da recomposição salarial, mudanças significativas para os docentes da carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e para os Técnico-Administrativos em Educação (TAEs), bem como sinalizando para as universidades federais a recomposição de R$ 279 no orçamento e mais R$ 5,5 bilhões destinados a investimentos, incluindo os hospitais universitários.

 

O acordo firmado ainda ficou aquém da proposta inicial do sindicato. A luta não termina com o fim da greve: é fundamental que a mobilização continue para garantir que o acordo seja cumprido e para avançar nas discussões sobre a carreira docente. Recentemente, uma importante vitória foi registrada com a emenda à LDO, que finalmente incluiu a recomposição salarial, um passo importante, mas ainda insuficiente para alcançar as demandas da categoria. O movimento segue em alerta, pressionando o governo para que os compromissos firmados sejam efetivamente cumpridos.


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