Medidas da restrição orçamentária e suspensão de funcionamento de RUS expõem fragilidade estrutural da universidade
- assessoriasesunipa
- há 2 dias
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A redução de R$ 2,7 milhões no orçamento de 2025, somada à liberação insuficiente dos limites de empenho por parte do Governo Federal, já compromete atividades básicas da universidade. As medidas adotadas pela Reitoria, divulgadas na última segunda feira, incluem a suspensão de diárias e passagens, restrições severas ao uso de transporte institucional, congelamento de novas contratações terceirizadas, impedimento de compras de materiais permanentes e de consumo, cortes na renovação de softwares e serviços contratados, entre outras ações.
São decisões que impactam diretamente a rotina de trabalho dos servidores, a realização de projetos de ensino, pesquisa e extensão, e principalmente, as condições de ensino e permanência estudantil. A situação é crítica. E a resposta da Reitoria, revela o grau de fragilidade orçamentária a que fomos submetidos por um modelo de financiamento que falha em garantir condições mínimas para o funcionamento pleno das universidades federais.
Dentro do contexto da crise orçamentária, o que deixa a situação ainda mais dramática, destacamos a suspensão do funcionamento dos Restaurantes Universitários (RUs) em pelo menos três campi: Caçapava do Sul, Dom Pedrito e Jaguarão. A interrupção decorre do encerramento do contrato com a empresa terceirizada responsável pela prestação dos serviços — evidência da instabilidade que marca esse modelo de gestão dos restaurantes, submetido à lógica privada.
Desde sua implementação na Unipampa, o modelo de terceirização dos RUs tem se mostrado vulnerável às instabilidades contratuais, afetando diretamente milhares de estudantes que dependem desse serviço para se manterem na universidade. Os RUs são pilares da permanência estudantil e deveriam ser tratados como uma política pública estruturante — não como um serviço sujeito à lógica privada da rotatividade e da precarização.
A crise enfrentada pela Unipampa não é um caso isolado, mas parte de um desmonte sistemático que compromete o futuro de milhares de jovens, sobretudo os mais vulneráveis. Defender os Restaurantes Universitários, os programas de assistência estudantil, os projetos de pesquisa e extensão é defender o papel transformador da universidade pública.
É preciso exigir do Governo Federal o imediato descontingenciamento e recomposição orçamentária que garanta os recursos necessários para a Unipampa e demais instituições federais! E dos dirigentes da universidade, que não naturalizem a gestão da precariedade, bem como assumam alternativas de modelo de gestão dos restaurantes universitários, não submetidos à lógica privatista!
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